segunda-feira, 9 de julho de 2012

Enredo


Em um futuro incerto, os homossexuais serão a maioria da humanidade. Com essa nova conformação social, uma nova moral surgirá, e os heterossexuais passarão a ser mal vistos, numa clara inversão dos papéis a que estamos acostumados. A nova razão conta a história de Lúcia, uma garota “normal” envolta em inquietações, que está insatisfeita com seu namoro com Letícia e com a ausência de um pai, mesmo que uma de suas mães, a religiosa Erínia, faça de tudo para “parecer um homem”. Ao se aproximar de seu patrão, o psicanalista Marcelo, ela descobrirá as ideias de Freud, espantando-se com as conjecturas feitas por Marcelo sobre a atual realidade social e com as revelações sobre seu inconsciente e sobre sua própria identidade que a psicanálise fará: a linguagem oculta e perigosa de seus sonhos, sua relação conflituosa com Erínia e muito próxima a Amanda (a outra mãe), seus desejos secretos... E quando o sobrinho de Marcelo, o inconsequente Eros, vem morar com o tio, expulso da casa do pai, os desejos latentes se tornam manifestos, e mais fortes e incontroláveis do que nunca. Mas realizar esses desejos será extremamente difícil para os dois, seja pela pressão da sociedade adepta de uma nova razão, pela repulsa das mães de Lúcia, que não aceitam uma filha heterossexual, pelo ciúme de Marcelo, que se apaixona pela garota, pela perseguição da polícia, quando uma lei contra os heterossexuais é aprovada, pela nova vida que serão obrigados a levar como fugitivos, ou ainda por fatos desconhecidos do casal, que mostrarão que a relação de Lúcia e Eros é muito mais complexa do que parece.


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